Idália Serrão

Testemunhos
Idália Serrão

Ligação à AFID: Institucional

Da estrada reparou muitas vezes na placa a indicar “AFID”. Ter-se-á interrogado sobre a natureza daquela organização com a indiferença de quem segue ao volante para outro destino. Mas a memória regista até o que pensamos não recordar e quando um dia falaram a Idália Serrão na AFID, lembrou-se imediatamente da tal placa junto à rotunda em Alfragide que às vezes olhava distraída.
Soube então que se tratava de uma instituição a trabalhar na área da deficiência, considerada de excelência por muita gente. Mais tarde, como secretária de Estado, teve oportunidade de a conhecer: “Confirmei o que já sabia por terceiros. A AFID empenha-se em centrar o seu trabalho nas preocupações e necessidades das pessoas que apoia. Procura sempre estar em sintonia com as suas expectativas, fazer mais e melhor. Por isso os seus técnicos e dirigentes têm tido um papel fundamental na estratégia para a integração das pessoas com deficiência, abrangendo todas as vertentes que envolvem reabilitação e integração”.
Acabaram a trabalhar em parceria. “Foram, desde a primeira hora, elementos importantes no lançamento da estratégia nacional para a integração das pessoas com deficiência, pois por muito conhecimento técnico que tenhamos e por mais que tentemos adaptar respostas aos nossos princípios, a prática é fundamental”.
O diálogo foi estimulante. “Eram críticos, nem sempre concordavam connosco, mas a atitude era sempre construtiva”, recorda. Não por acaso foi na sede da AFID que Idália Serrão decidiu apresentar, com representantes do Ministério do Trabalho, o programa de alargamento da rede de equipamentos sociais para pessoas com deficiência. Uma escolha simbólica: “A AFID é uma organização cuja qualidade é reconhecida internacionalmente, o que só nos pode deixar orgulhosos. É um exemplo a seguir”.
A ex-secretária de Estado da Reabilitação considera que para qualquer político será sempre “enriquecedor contar com interlocutores desta qualidade, sempre abertos à experimentação e à mudança”. Gente que veio de um movimento associativo recente, nascido já depois do 25 de Abril, para servir uma nova área: “Antes, para a deficiência, não havia nada”. Agora há e” felizmente”, diz ela, “muito fora da caixa”.

[ 01 Mai 2019 ]
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