Ronald Brodheim

Ligação à AFID: Curador da Fundação Afid Diferença

Ronald Brodheim vive entre dois aviões, sempre a correr, agenda cheia. Não se queixa. São as vicissitudes da vida profissional, mas reconhece que é um ritmo que não lhe deixa muita margem para outras atividades. Por isso, quando há cerca de dez anos foi convidado para o conselho de curadores da AFID, o primeiro impulso foi recusar: “O nosso grupo desenvolve há décadas atividade na área da responsabilidade social e ambiental, portanto não está em causa a minha sensibilidade a estas matérias. A questão é que não gosto de me comprometer, de colecionar instituições só para a fotografia”.
Mas aos constrangimentos de agenda sobrepôs-se algo que identificou como um traço comum entre a AFID e o seu próprio grupo: a ideia de “fazer acontecer”. “A AFID tem um nível profissional e uma qualidade de gestão que impacta quem está perto. No mundo associativo genérico e sobretudo no mundo associativo do terceiro sector, isso não é comum, mas se juntarmos a finanças saudáveis essa vontade de fazer acontecer ficamos perante um horizonte cheio de potencialidades”.
Ficou. Como previa, não consegue estar tão presente como gostava, mas sempre que lhe é possível colabora em reflexões conjuntas e no debate de ideias. Uma relação sobretudo pessoal, uma vez que “não é fácil ajudar a fundação” através do seu grupo empresarial. “Por ano damos cinco a seis mil horas de trabalho no desempenho de tarefas de recuperação de espaços como ajardinar, pintar, limpar. É assim que temos organizados os nossos programas de apoio social. Mas na AFID está tudo tão bem feito. Iríamos mudar o quê?”, pergunta Brodheim em forma de elogio…
Mesmo sendo um padrinho pouco presente, em dez anos Ronald Brodheim já esteve com a instituição em muitas situações. Viu-a dar os primeiros passos como fundação, acompanhou as suas crises de crescimento, conhece-lhe o carácter. De todas as características, a que mais o encanta é “não ser lamechas”. Mesmo nas situações mais difíceis “a atitude da AFID é sempre de desafio”. E isso é um orgulho para a família.